Antiprisma Extrudado


Iniciamos as discussões de projeto em torno do tema da planificações de solidos geométricos. Durante essa etapa nos interessamos por uma foto de um objeto modular de madeira [Figura 1] e iniciamos o primeiro estudo a partir de um modelo eletrônico. Uma das primeiras dificuldades em encontrar o desenho do módulo foi que partimos de uma premissa falsa: achávamos que os pontos A, B e C [Figura 2] pertenciam ao mesmo plano vertical (um jeito fácil de ver isso é considerando que suas projeções no "chão" devem ser equidistantes a um centro). Em seguida procuramos simplificar a modelagem da peça extraindo do modelo final os parâmetros mais determinantes para a forma da peça. Com esses parâmetros estabelecidos, fizemos um estudo variando a forma e procurando criar um mobiliário simples. [Figura 3]

O primeiro modelo físico construído foi em papel paraná [Figura 4]. Cortamos o módulo planificado na impressora laser e montamos com fita adesiva. Foi importante este modelo para entender melhor a dimensão do objeto e a forma como cada peça se comporta em conjunto. Também utilizamos a fita adesiva para montar unir cada peça, e com isso percebemos que ao unir lado a lado todas as peças de baixo ou de cima, elas podiam ser compactadas como uma sanfona, facilitando o manuseio.

Para o modelo final, utilizamos a Router CNC para usinar os módulos a partir de uma placa de MDF de 15 mm [Figura 5]. Todo o processo de usinagem durou cerca de 6 horas, pois devido aos ângulos negativos da peça, foi necessário virar a placa no meio da usinagem. Para viabilizar a usinagem, foi preciso projetar uma peça conectando os módulos. Para remover essa ponte foi necessário lixar cada peça na lixadeira angular, para garantir a menor alteração possível de cada ângulo.
Para estruturar os módulos escolhemos utilizar imãs de neodímio. Para não comprometer a integridade da placa de MDF, utilizamos imãs circulares de 6 mm de diâmetro e 1,5 mm de altura. Perfuramos cada uma das 3 faces de cada módulo com dois furos e colamos os imãs com araldite. No entanto percebemos que a força do imã não foi o suficiente para segurar os módulos em uma posição firme, mas mesmo assim melhorou a estabilidade do objeto montado. Supomos que um imã com dimensões maiores pode resultar numa peça mais firme, pois a força entre cada módulo será maior.
Por último revestimos cada peça com papel Contact preto. Inicialmente tentamos utilizar o Contact para conectar os módulos, como havíamos feito no primeiro modelo, porém a textura do MDF não segurou bem o Contact, o que dificultou o revestimento como uma única sanfona. Portanto revestimos cada duas peças.
Posteriormente percebemos que trabalhar com o módulo como uma peça dupla facilitou bastante na montagem do objeto final [Figura 6].


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